16:45 (mais coisa menos coisa) de hoje

A tomar café, ou melhor a tentar tomar café no Tuká Tulá porque como sempre o empregado faz por não me ver (devo-lhe ter tratado bem mal, numa outra vida), escuto as ondas do mar enfurecido a bater na areia, a Bossa Nova que toca e o velho ao meu lado que não se cala a contar histórias do Manuel Luís Goucha, que pelos vistos deve-o conhecer muito bem, porque até sabe o valor do ordenado que ele ganha. O rapaz que está ao lado dele, tenta desesperadamente mostrar-se interessado na conversa e disfarçadamente vai enviando umas sms de quando em quando. O casal de meia idade de turistas sentado à minha frente que nem precisavam de abrir a boca para eu saber de onde são. As cervejas que estão em cima da mesa são delatoras. Estão cansados um do outro, desgastados e qualquer um constata esta realidade em 30 segundos. Resta-me saber se eles também o sabem. Atrás de mim dois amigos em tronco nú conversam mas eu não consigo ouvir o tema da conversa. O som das ondas não me permitem.
E eu já com o meu café tomado e o cigarro no fim, ocupo-me desta maneira, a escrever porque é triste tomar café sem se estar a conversar ou a mexer no Telemóvel e a porr@ do meu IPhone para variar está sem bateria....

Copy/paste da minha Moleskine Falsa