domingo, 15 de novembro de 2009

A parte má do dia

Fui a um funeral de uma pessoa com a minha idade.
Não era íntima, nem a conhecia bem. Estive no máximo umas 3 vezes com ela.

Uma história triste desde que nasceu.
Com um ligeiro atraso mental, ela e as irmãs foram retiradas à família e foram institucionalizadas.Posso dizer que fui amiga de uma das irmãs e colega de outra irmã.
 Dela não me recordo!

Há cerca de 8 anos " travei" conhecimento com ela. Morava com uma prima do meu marido. Foi me explicado que o filho desta prima aquando uma hospitalização no Hospital Psiquiátrico conheceu a R. também ela internada lá, apaixonaram-se e quiseram viver juntos.
 A prima acolheu a como se de uma filha trata-se, apesar de toda a gente dizer que era mais uma carga de trabalhos, mais um "louco" para tratar.
Foi ela que veio ter comigo a dizer que me conhecia... eu fingi que me lembrava dela.
Perguntei lhe pelas irmãs e ela disse me que já não se falavam há anos, desde que tinha sido internada.

Ontem pelas 3:00 am R. faleceu!!!

Hoje, vi a dor de uma mãe que não era mãe e a placidez das irmãs que não deviam de ser irmãs!

Despedi me da R, pegando lhe na mão e desejando que aonde quer que ela estivesse fosse muito feliz e que pudesse só recordar os momentos felizes, que sei que viveu com a sua família de adopção!

2 comentários:

  1. ... quando se nasce tem-se certa a morte... essa é garantida. Mas dói muito... é uma dor que atravessa o corpo... força...

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  2. Ca Delicious
    Sê muito bem vinda :)

    Obrigada

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